top of page

Máquina de costura + Necessidade = Empreendedorismo

  • Bárbara Bento
  • 14 de out. de 2021
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de out. de 2021

Costureira empreendeu na moda ao se mudar para Belo Horizonte


Logo Costuraria ateliê
Ateliê completa três anos de atividade em 2022. Imagem: Logo Costuraria / Reprodução.


Aline Morais Rodrigues, 34, é outra costureira autônoma cujo ateliê mantém uma clientela fiel aos serviços de confecção de peças autorais, feitas sob encomendas e seguindo as medidas individuais dos clientes. Idealizadora do Costuraria, ateliê que completará três anos em janeiro de 2022, situado no Mercado Novo de Belo Horizonte, a empreendedora exerce a profissão que lhe foi passada de forma quase que hereditária pela mãe.


O ofício de costura tem muita importância na família da curitibana que conta que a mãe sustentou a ela e aos três irmãos com a renda proveniente dos consertos de costura. “A minha mãe trabalha com costura até hoje. Ela tem o ateliê dela em Curitiba e não consegue imaginar como vai ser parar de trabalhar”, comenta Aline.


Os estudos


Em 2013, Aline ganhou duas máquinas de costura da mãe. Passado quase um ano, com as máquinas paradas em casa, a empreendedora decidiu fazer um curso de corte e costura que, segundo ela, era bem básico.


Após o término do curso básico, Aline sentiu necessidade de aprofundar seus conhecimentos e ingressou no curso tecnólogo de moda em 2014, no SENAI Curitiba, que frequentou por dois anos, entre 2014 e 2015, até desistir da graduação no último ano letivo. “Parei porque eu não me identificava mais com a faculdade, com o propósito que eu tinha com a moda, mas como atualmente o curso é de apenas dois anos, eu me considero formada”, conta aos risos. “Mas foi muito bom. Foi um divisor de águas pra eu entender como é produzir uma peça, desenvolver uma coleção, entender como a indústria da moda funciona”, ressalta.


Mudança para BH


Da necessidade e do conhecimento acumulado nasceu a Costuraria. A marca foi inaugurada em janeiro de 2019 quando Aline se mudou para Belo Horizonte, após se casar com a esposa. “Resolvi fundar a Costuraria assim que me mudei, porque a única coisa com a qual eu podia trabalhar – e estudei para isso - era costurar. No começo eu participei de algumas feiras, fazia umas peças e levava nessas feiras, porque ninguém sabia quem eu era quando eu cheguei em BH e, com base nisso, fiz minha clientela. Minha mãe me deu a vara e me ensinou a pescar, então montei a marca e fiz disso o meu ganha pão”, relembra.


Com a marca, a empreendedora tem como propósito produzir roupas confortáveis, duradouras e multifuncionais, prezando por um consumo consciente da moda, ao se estabelecer como um contraponto ao consumo de moda tipo “Fast Fashion”. “Eu não gosto muito dessa ideia do consumo exacerbado, de roupa que “usou, lavou e estragou”, sabe?! Eu gosto de peças que contem histórias, façam sentido para a pessoa e que sejam usadas o máximo que elas puderem”, reflete.


costuraria ateliê
Aline cria roupas funcionais que podem ser usadas de diversas maneiras. Foto: Reprodução / Instagram Costuraria ateliê

Dentro do propósito, Aline também expõe um resgate à tradição das pessoas terem uma costureira “pessoal”, da mesma forma como as pessoas têm “seus cabeleireiros pessoais”. “Eu gosto também da ideia da pessoa falar ‘Ah, eu tenho uma costureira, minha costureira que fez para mim”, explica Aline.


O ateliê é todo gerido pela costureira que executa (sozinha) todas as funções do negócio, da confecção das peças até os envios dos pedidos para clientes. Com a chegada da pandemia de Covid-19 ao país, a Costuraria ganhou um site para facilitar a comercialização das peças neste período de isolamento social que não só cumpre com essa função, mas também possibilitou que o trabalho de Aline chegue aos quatro cantos do Brasil.


Comments


© 2021 por Olhares. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page